A indefinição política no Brasil está afetando o planejamento do Réveillon carioca de 2020. No último dia 13, quando a Riotur deveria ter definido o nome da empresa que faria a organização da festa, o órgão surpreendeu-se ao descobrir que nem a SRCOM — empresa que tem assinado o evento nos últimos anos — nem o Banco de Eventos, que havia manifestado interesse em disputar a conta, conseguiram formalizar qualquer proposta de patrocínio privado.
Em carta à Riotur, a SRCOM chegou a informar que “muito embora possua diversos parceiros interessados em patrocinar o evento, nenhum destes se comprometeu formalmente a aportar os recursos, justificando-se na incerteza política que assola o país, envolvendo a reforma da previdência e a reforma tributária”.
A meta da Riotur este ano, explica seu presidente Marcelo Alves, é que toda a produção seja bancada pela iniciativa privada, razão pela qual a empresa de turismo do Rio ampliou o prazo para entrega de propostas até 15/09. Para a comemoração da chegada de 2019, o custo da festa havia ficado em R$ 13 milhões, dos quais a iniciativa privada entrou com apenas R$ 5 milhões e a Prefeitura precisou aportar R$ 8 milhões para completar as despesas.
“Estou esperando que as empresas organizadoras sejam criativas. Não há necessidade de fazer exatamente o mesmo dos anos anteriores. A única coisa que faço questão é que haja show e os fogos tenham 14 minutos de duração”, diz Marcelo Alves. Mas o presidente da Riotur admite mudanças no formato do evento, como no tamanho de palco ou da iluminação, para que haja uma queda significativa nos custos.
(Foto de Fernando Maia)
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